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domingo, 18 de setembro de 2011

Lendas Greco-Romanas - Édipo

LABDÁCIDAS

O rei de Tebas era o monarca daquela cidade-estado grega. Tebas teve reis mitológicos e reis que de fato existiram. Os primeiros deles foram da dinastia dos labdácidas. Um dos mais famosos foi Édipo, imortalizado na peça Édipo Rei, de Sófocles.

Tebas abdicou da soberania ao se unir à Confederação de Atenas contra os espartanos e depois contra os persas

ÉDIPO

Édipo é um personagem de um conto grego, famoso por matar o pai e casar-se com a própria mãe. Filho de Laio e de Jocasta, pai de Etéocles, Ismênia, Antígona e de Polinice.

Segundo a lenda grega, Laio, o rei de Tebas, havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: Seu próprio filho o mataria e que este filho se casaria com a própria mãe.

Por tal motivo, ao nascer Édipo, Laio abandonou-o no monte Citerão pregando um prego em cada pé para tentar matá-lo. O menino foi recolhido mais tarde por um pastor e batizado como Edipodos, o de "pés-furados", que foi adotado depois pelo rei de Corinto e voltou a Delfos. No caminho, Édipo encontrou um homem e, sem saber que era o seu pai, brigou com ele e o matou, pois Laio o mandou sair de sua frente.

Após derrotar a Esfinge que aterrorizava Tebas, que lançara um desafio ("Qual é o animal que tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à noite?"), Édipo conseguiu desvendar, dizendo que era o homem. "O amanhecer é a criança engatinhando, entardecer é a fase adulta, que usamos ambas as pernas, e o anoitecer é a velhice quando se usa a bengala".

Conseguindo derrotar o monstro, ele seguiu à sua cidade natural e casou-se, "por acaso", (já que ele pensava que aqueles que o haviam criado eram seus pais biológicos) com sua mãe, com quem teve quatro filhos. Aquando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta e Édipo descobrem que são mãe e filho, ela comete suicídio e ele fura os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe. Após sair do palácio, Édipo é avisado pelo Corifeu que não é mais rei de Tebas; Creonte ocupara o trono, desde então. Édipo pede para ser exilado, mandado embora. Pede, ainda, para que Creonte cuide das suas duas filhas como se fossem suas próprias.

A história está recolhida em Édipo Rei e Édipo em Colono, de Sófocles. Vários escritores retomaram o tema, que também inspirou Igor Stravinsky para a composição de um oratório. O tema também foi abordado na música The End, da banda estadunidense The Doors.

Complexo de Édipo

Segundo Sigmund Freud, o Complexo de Édipo verifica-se quando a criança atinge o período sexual fálico na segunda infância e dá-se então conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar.

Freud baseou-se na tragédia de Sófocles (496-406 a.C.) Édipo Rei para formular o conceito do Complexo de Édipo, a preferência velada do filho pela mãe, acompanhada de uma aversão clara pelo pai.

Na peça (e na mitologia grega), Édipo matou seu pai Laio e desposou (se comprometer em matrimônio) a própria mãe, Jocasta. Após descobrir que Jocasta era sua mãe, Édipo fura os seus olhos e Jocasta comete suicídio

Sófocles utilizou este mito para suscitar uma reflexão sobre a questão da culpa e da responsabilidade perante as normas, éticas e tabus estabelecidos por sua sociedade (comportamentos que, dentro dos costumes de uma comunidade, é considerado nocivo e lesivo à normalidade, sendo, por isto, vista como perigosa e proibida a seus membros).

ESFINGE
Esfinge grega

Havia uma única esfinge na mitologia grega, um demônio exclusivo de destruição e má sorte; de acordo com Hesíodo, uma filha da Quimera e de Ortro ou, de acordo com outros, de Tifão e de Equídina — todas destas figuras ctônicas. Ela era representada em pintura de vaso e baixos-relevos mais frequentemente assentada ereta de preferência do que estendida, como um leão alado com uma cabeça de mulher; ou ela foi uma mulher com as patas, garras e peitos de um leão, uma cauda de serpente e asas de águia. Hera ou Ares mandaram a esfinge de sua casa na Etiópia (os gregos lembraram a origem estrangeira da esfinge) para Tebas e, em Édipo Rei, de Sófocles, pergunta a todos que passam o quebra-cabeça mais famoso da história, conhecido como o enigma da esfinge: Decifra-me ou devoro-te:

"Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três?"

Ela estrangulava qualquer inábil a responder, daí a origem do nome esfinge, que deriva do grego sphingo, querendo dizer estrangular.

Édipo resolveu o quebra-cabeça: O homem — engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta, e usa um arrimo (bengala) quando é ancião.

Furiosa com tal resposta, a esfinge teria cometido suicídio, atirando-se de um precipício. Versão alternativa diz que ela devorou-se.

O quebra-cabeça exato perguntado pela esfinge não foi especificado por vários contadores da história e não foi estandartizado como o dado até muito mais tarde na história grega. Assim, Édipo pode ser reconhecido como um limiar ou figura de solado de porta, ajudando efeito à transição entre as velhas práticas religiosas, representadas pela esfinge, e novas, unidade olímpica.

ANTÍGONA

Antígona é uma figura da mitologia grega, filha de Édipo e Jocasta.

A versão clássica do mito sobre a Antígona é descrita na obra Antígona, do dramaturgo grego Sófocles, um dos mais importantes escritores de tragédia. Esta obra é a terceira parte da Trilogia Tebana, das quais também fazem parte Édipo Rei e Édipo em Colono.

A peça é feita pelo prólogo, que nesse caso é dialogado, onde as irmãs Antígona e Ismênia conversam e nos dão uma visão geral dos acontecimentos; cinco episódios; cinco estásimos, que são as entradas do coro em cena trazendo informações ao público sobre o assunto da peça, e o êxodo, parte final.

Filha de Édipo e Jocasta, que tinham mais três filhos, Etéocles, Ismênia e Polinice. Foi um exemplo tão belo de amor fraternal quanto Alcestes foi do amor conjugal. Foi a única filha que não abandonou Édipo quando este foi expulso de seu reino, Tebas, pelos seus dois filhos. Seu irmão, Polinice, tentou convencê-la a não partir do reino, enquanto Etéocles ficou indiferente com sua partida. Antígona acompanhou o pai em seu exílio até sua morte. Quando voltou a Tebas, seus irmãos brigavam pelo trono.

Polinice se casa com a filha de Andrastos, rei de Argos, e, junto com este, arma um ataque contra Tebas, que é chamado de expedição dos "Sete contra Tebas", onde Anfiarus prevê que ninguém sobreviveria, somente o rei de Argos. Como a guerra não levou a lugar nenhum, os dois irmãos decidem disputar o trono com um combate singular, onde ambos morrem. Creonte, tio deles, herda o trono, faz uma sepultura com todas as honras para Etéocles, e deixa Polinice onde caiu, proibindo qualquer um de enterrá-lo sob pena de morte. Antígona, indignada, tenta convencer o novo rei a enterrá-lo, pois, quem morresse sem os rituais fúnebres seria condenado a vagar cem anos nas margens do rio que levava ao mundo dos mortos, sem poder ir para o outro lado. Não se conformando, ela enterra Polinice com as próprias mãos e é presa enquanto o fazia. Creonte manda que ela seja enterrada viva. Sua irmã Ismênia tenta defendê-la e se oferece para morrer em seu lugar, algo que Antígona não aceita, e Hêmon, seu noivo e filho de Creonte, não conseguindo salvá-la, comete suicídio.

Ao saber que seu filho havia suicidado, Eurídice, mulher de Creonte, também se mata.

História

A história tem início com a morte dos dois filhos de Édipo, Etéocles e Polinice, que se mataram mutuamente em busca do trono de Tebas. Com isso sobe ao poder Creonte, parente próximo da linhagem de Jocasta. Seu primeiro édito dizia respeito ao sepultamento dos irmãos Labdácidas. Ficou estipulado que o corpo de Etéocles receberia todo cerimonial devido aos mortos e aos deuses. Já Polinice teria seu corpo largado a esmo, sem o direito de ser sepultado, e deixado para que as aves de rapina e os cães o dilacerassem. Creonte entendia que isso serviria de exemplo para todos os que pretendessem intentar contra o governo de Tebas.

Ao saber do édito, Antígona deixa claro que não deixará o corpo do irmão sem os ritos sagrados, mesmo que tenha que pagar com a própria vida por tal ação. Mostra-se insubmissa às leis humanas por estarem indo de encontro às leis divinas.

Ainda no primeiro episódio, Creonte é informado por um guarda de que o corpo de Polinice havia recebido uma camada de pó e com isso seu édito havia sido desrespeitado, colocando sua autoridade à prova. Ele se enfurece ainda mais quando o coro interroga-se, questionando se não teria sido obra dos próprios deuses.

Entra o primeiro estásimo, quando o coro exalta a capacidade do homem.

No segundo episódio, o guarda descobre que o rebelde tratava-se de Antígona e a leva até Creonte. Trava-se, então, um duelo de ideias e ideais: de uma lado a ré, tendo como sua defesa o cumprimento às leis dos deuses, as quais são mais antigas e, segundo ela, superiores às terrenas, e de outro lado o inquisidor, que tenta mostrar que ela agiu errado, explica seus motivos e razões, mas cada um continua impávido em suas crenças. Creonte manda também chamar Ismênia, que mesmo sem ter concordado com o ato da irmã, ainda no prólogo, confessa o crime que não cometeu. Ainda assim não recebe a admiração da irmã, a única e real transgressora. Ambas são condenadas à morte.

O segundo estásimo reflete sobre as maldições que se acumularam sobre os Labdácidas. O diálogo travado entre Creonte e seu filho Hêmon, futuro marido de Antígona, já no terceiro episódio, explicita a honradez do jovem rapaz e sua submissão às ordens paternas. Contudo, não deixa de levar argumentos concretos para a defesa de sua amada, de como o édito está sendo contestado pelo povo nas ruas, e que toda a cidade está de acordo com o feito de Antígona. Nesse ponto, o autor mostra que a vaidade e o poder já tomaram conta de Creonte, que acredita ser o único a poder ordenar e governar aquele país (”E a cidade é que vai prescrever-me o que devo ordenar?” – linha 734 e “Acaso não se deve entender que o Estado é de quem manda?” – linha 738). O filho ainda tenta trazê-lo à razão na linha 745: “Não tens respeito por ele [seu soberano poder] quando calcas as honras devidas aos deuses”. A discussão se acalora a ponto de Hêmon ameaçar se matar caso o pai não revogue a condenação, mas é entendido como uma ameaça de parricídio. Então o tirano decide tornar mais cruel a pena de Antígona, aprisionando-a em uma caverna escavada na rocha, só com o alimento indispensável, para assim ter um fim lento.

O terceiro estásimo celebra Eros, deus do amor, que geralmente leva as pessoas a ignorarem o bom senso.

O quarto episódio mostra as lamentações de Antígona. Pode-se entender de um lado como sendo uma tentativa de insuflar o povo a se revoltar contra o governo tirano de Creonte, mas também uma auto-comiseração, mesmo diante de falas como “sem lágrimas”, “...eu, em muito a mais perversa”. O coro, no quarto estásimo, faz comparações com outras personagens mitológicas que também foram emparedados.

Quinto episódio: entra Tirésias, adivinho conhecido e respeitado por todos. Ele adverte Creonte do mal que irá se abater em sua vida devido à sua teimosia, e que os deuses estão enfurecidos. Ele mantém-se irredutível, mas, após a partida do adivinho, é convencido pelo coro a libertar Antígona e sepultar Polinice.

No quinto estásimo o coro recorre a Dionísio, patrono de Tebas, para que ele restaure a cidade. O desfecho trágico apresentado no êxodo é típico sofocliano, com diversas mortes. Mesmo tendo sepultado ele mesmo o sobrinho há muito morto, Creonte terá que viver com o peso da morte de Antígona, que já havia se matado quando ele fora buscá-la, com o suicídio de seu filho Hêmon, ao saber da morte da amada e com o suicídio da própria esposa, Eurídice, ao receber a notícia da morte do filho querido.

TIRÉSIAS

Na mitologia grega, Tirésias (em grego, Τειρεσίας) foi um famoso profeta cego de Tebas – famoso por ter passado sete anos transformado em uma mulher. Era filho do pastor Everes e da ninfa Chariclo.

Certa vez, ao ir orar no monte Citorão, Tirésias encontrou um casal de cobras venenosas copulando, e ambas voltaram-se contra ele. Ele matou a fêmea, e imediatamente se tornou-se uma prostituta famosa. Anos depois, indo orar no mesmo monte Citorão, encontrou outro casal de cobras venenosas copulando. Matou o macho e tornou-se novamente um homem. Por Tirésias ter se tornado tão ciente a respeito de ambos os sexos, ele foi chamado para decidir a questão levantada por ocasião de uma discussão entre Zeus e Hera sobre se é o homem ou a mulher quem tem mais prazer na relação sexual. Mas ele sabia que a sua decisão iraria sobre ele o deus derrotado. Hera dizia que o homem é quem tem mais prazer, Zeus dizia que é a mulher. Tirésias decidiu a questão: "se dividirmos o prazer em dez partes, a mulher fica com nove e o homem com uma." Hera, furiosa por sua derrota, cegou Tirésias por vingança. Mas Zeus, compadecido e em recompensa por Tirésias ter dado a ele a vitória, deu-lhe o dom da mántis, a previsão.

Uma versão alternativa do mito de Tirésias conta que este ficou cego ao ter visto Atena se banhando nua em uma fonte.

ANFIARAU

Na mitologia grega era um adivinho famoso, sua história está ligado a guerra dos sete contra Tebas. Anfiarau era filho de Apolo com Hpernestra. Tinha o dom da previsão, e prevendo sua própria morte, durante a guerra de Tebas, tentou fugir do próprio vaticínio, mas na hora exata, sua morte ocorreu, sendo engolido pela terra, com sua carruagem e seus cavalos. 

Fonte: P. Commelin - Mitologia Greca e Romana

Extraído do site: http://www.espiritualismo.info/









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