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domingo, 24 de julho de 2011

Magias, Ritos e Feitiços


As crenças, superstições e a medicina popular fizeram sempre parte da vida de todos os seres da terra. Existem poderosas simpatias, rezas e benzeduras que se repetem durante séculos E esta parte foi e ainda é transmitida de geração para geração. A crença é fundamental para que elas deem certo e surtam os efeitos desejados; precisam acima de tudo que sejam feitas com toda a força do pensamento.

MAGO X BRUXO

CIÊNCIA OCULTA (OCULTISMO) é o conhecimento TEÓRICO das leis ocultas do universo, já a MAGIA se difere do Ocultismo por ser PRÁTICA, mas só pratica a magia quem conhece as Ciências Ocultas e quem tem esse conhecimento só pode ser um MAGO.

Um mago usa e domina as forças da natureza.

Mago ou Magi, plural da palavra Persa antiga magus, significando tanto imagem quanto "um homem sábio", que vem do verbo cuja raiz é "meh", significando grande, e em sânscrito, "maha". Mago usualmente denota aquele que pratica a magia ou ocultismo.

BRUXA é um termo português quase equivalente a FEITICEIRA. Uma bruxa é uma pessoa que manipula determinadas energias e tem conhecimentos sobre determinadas forças da natureza.

Um Bruxo usa as forças, mas não as domina.

Feiticeiros, bruxos, curandeiros possuem o dom mas não o conhecimento profundo das forças elementais da natureza oculta. Um bruxo, um feiticeiro tem grandes conhecimentos práticos de encantamentos, simpatias, fórmulas, plantas curativas, feitiços, mas não tem o controle total sobre essas forças. Usam-nas, mas não as controlam.

Os Pajés e Xamãs (chamados de feiticeiros) são conhecedores de rituais primitivos, lidam diretamente com os elementos da natureza e seus elementais.

Um Xamã é um sacerdote, um conhecedor de técnicas. A função mais importante de um Pajé e um Xamã é CURAR; defendem a tribo contra as forças do mal, indicam os melhores lugares para caça, pesca, controlam o tempo, o destino e o futuro da tribo, partos, doenças, aconselhamento, etc.

Os Feitiços estariam relacionados a encantos e seduções. Pajés e Xamãs, por praticarem feitiços, são também chamados de bruxos.

Feitiço seria a transmutação de algo, uma mudança do natural através de palavras e gestos.

Muitas Bruxas, por praticarem Magia Branca, preferem ser chamadas de Feiticeiras. No entanto, Feiticeiro pode ser usado tanto para praticantes de Magia Branca (ajudar o próximo) como para praticante de Magia Negra (prejudicar o próximo).


RITUAIS MÁGICOS DO CAMPO

Autor do texto: J.M. Ferreira (Revista Magia - Planeta Especial)

Se um ovo for colocado na janela ou no canto da porta da casa camponesa no dia de Ascensão, protegerá seus moradores contra qualquer tipo de mal. O ovo ocupa um lugar de destaque nos rituais mágicos do campo. Nem a igreja, nem o racionalismo conseguiram acabar com os costumes, crendices dos antigos. Até hoje na Europa surgem, todos os anos, as árvores-de-maio, durante o mês de maio; são resquícios do rito pagão de primavera e fecundidade.

Nas casas antigas, quando demolidas, são encontrados restos de animais mortos, como sapos, gatos, também restos de objetos como machado, pontas de lança e flechas. Por outro lado, objetos que trazem boa sorte são enterrados junto ao alicerce. Benzimentos, pequenos rituais, como matar uma galinha no local da construção: Se esta desaparecer, a construção está aprovado pelos elementos da natureza, mas se ela apodrecer no local, significa que o local tem energias negativas.

Enterrar moedas de ouro, prata, cruzes, estatuetas dos santos e da Virgem Maria, são amuletos de proteção. Colocar chifres no frente da casa, no telhado, é um dos mais poderosos símbolos de proteção.

As carrancas nos prédios europeus, disseminadas pelas construções do mundo todo, são um símbolo de proteção. Principiaram-se nas aldeias campestres e nas embarcações dos Vikings, no povo Celta.

A ferradura, usada nos portais, simboliza a força e a concentração de energias, bem como círculos, cruzes, estrelas.

A vassoura com o cabo voltado para baixo também tem funções mágicas como afugentar visitas indesejadas. Posição da cama, ritual no preparo de alimentos, pé de coelho, trevo de quatro folhas e tantos outras crendices que ainda se arraigam nas pessoas mostram que, apesar da tecnologia e da era moderna, ainda reside, no íntimo dos povos, a superstição e o temor ao invisível.


A MAGIA DE ABRA-MELIN

Autor do texto: Paulo Coelho

No ano de 1898, era publicado na Inglaterra um misterioso trabalho que logo se tornou a leitura favorita de todas as pessoas que participavam - ou se interessavam - por Ciências Ocultas. A Sagrada Magia de Abramelin, que descrevia uma operação mágica de seis meses de duração, findos os quais o operador invocava, durante uma semana, o seu Sagrado Anjo Guardião. Para isto, era requirido uma casa com certas características próprias, alguns poucos materiais (bastante fáceis de encontrar) e muita disciplina. Nada mais.

Desde então, várias pessoas se propuseram a realizar a operação descrita por Abramelin, inclusive o mago inglês Aleister Crowley - a quem se deve a popularização do livro junto às correntes esotéricas e filosóficas de hoje em dia. Crowley nunca levou a termo o ritual, mas outras pessoas o fizeram.

O que é exatamente um Ritual? Durante séculos, a maior parte da raça humana acreditou que residia no ritual a verdadeira forma de comunicação com forças desconhecidas. O Padre levanta a hóstia na missa e pronuncia palavras mágicas: o espírita senta-se na mesa e faz uma oração invocando alguma entidade; o alquimista se debruça sobre vidros e retortas e decifra símbolos.

No oriente e no ocidente, todas as culturas sempre tiveram uma série de movimentos e invocações para se comunicar com a divindade. Porém apenas uma parte tinha o privilégio - sacerdotes, magos, feiticeiros - e que podia fazer uso indiscriminado deles, quanto ao resto das pessoas, cabia uma atitude passiva e respeitadora, temendo o operador do ritual. Foi daí que nasceu o fenômeno mais social do que divino - a religião - onde os fiéis sempre estão dependendo de uma terceira pessoa para comunicarem-se com Deus e seus Santos, além do local dito sagrado. Porém existe uma realidade que mostra que, em nossa vida real, temos pequenos rituais em tudo que fazemos.

A sagrada magia é um ritual de 6 meses, recolhimento, anotações, regras, culminando com uma semana de invocações e conjurações, onde o operador irá culminar com uma conversação com seu sagrado anjo Superior. O livro está dividido em 3 partes: a primeira narra a história de Abraão que não é a mesma da bíblia, o lado místico do homem que buscava o conhecimento. O ritual, depois de começado, não pode ser interrompido, fica estabelecido que o operador deve ter entre 25 e 50 anos de idade, e outras regras, como não dormir enquanto o sol estiver à vista dos olhos, as janelas de um dos quartos da casa deve ser virada para o norte, sul e leste (um quarto com 3 janelas) e outras regras que não vem ao caso. Essa magia, segundo alguns, é uma magia que dá resultados surpreendentes.

Abramelin, o Mago, é o nome (ou pseudônimo) de um mago egípcio (ou, apenas, um personagem fictício) que teria ensinado uma poderosa forma de magia cabalística a Abraão, o Judeu (provavelmente um outro personagem fictício) no famoso grimório O Livro da Sagrada Magia de Abramelin, o Mago.


FEITIÇO ZULU

Autor Erich Nietsch

Somente em Soweto, o subúrbio "negro" de Johannesburg (maior cidade sul-africana), existem, pelo menos, 1.000 feiticeiros pajés que gozam de grande prestígio entre a população (inclusive brancos), consequência direta dos resultados positivos que conseguem com seus métodos de tratamento, naturalistas e mágicos. Tanto é que a própria Organização Mundial de Saúde da ONU reconhece que a MEDICINA NATURAL E TRADICIONAL do país seja respeitada e reconhecida como a medicina ocidental. Porém, para o resto do mundo, ela se restringe apenas ao local de origem, e pouco se sabe sobre os seus segredos.

Na procura por um pajé, os visitantes se deparam com os filhos do "Povo Celestial", pois é assim que o povo Zulu se autodenomina.

Acontecem coisas curiosas na terra dos Zulus: existem moscas que picam o gado, causando inflamações de onde se desenvolvem larvas (moscas-varejeiras = postam na carne bernes). Os animais sofrem muito quando são espremidos. Os fazendeiros da região chamam os curandeiros zulus, esses conhecem remédios preparados com raízes, cascas e folhas, que passam nos animais, e os bernes saem rapidamente, caindo no chão em questão de minutos.

Despachos feitos com frango, cobra morta, ervas ou flores, são respeitados e temidos como feitiços poderosos contra alguém.

A base da doutrina Zulu está em conhecer os meios usados pelos espíritos ou abatakatis para provocar doenças ou a morte; os remédios usados para causar a doença deverão ser usados para tratar e empregadas da mesma maneira e nas mesmas quantidades. O médico DR. Koch, médico Sul-africano e aluno de um curandeiro, explica assim essa verdade básica: Os espíritos trazem as doenças, o curandeiro tem que descobrir os remédios. Um exemplo é uma flor altamente tóxica que, ao cheirá-la, pode levar à morte por intoxicação; a cura está na casca dessa árvore, porém o curandeiro deve retirar a casca dessa árvore de maneira que o vento sopre por trás dele para ele não ser intoxicado.


JUJU - O FEITIÇO DA ÁFRICA

Autor do texto: Amelie Schenk

O policial inglês James H. Neal que trabalhou entre 1952 e 1962 como chefe do Departamento de investigação Criminal para o governo de Gana (África Ocidental), em sua capital, Acra, caçoava da magia africana, considerando-a uma ridícula superstição - isso até ele ser envolvido por ela. O relatório de Neal mostrou sua mudança de opinião. Ele não era um parapsicólogo, apenas um funcionário público procurando provas e nada sabia sobre os fenômenos paranormais.

As experiências de Neal são impressionantes, pois não existe interpretações, somente fatos. O primeiro fato foi com a dificuldade da retirada de uma árvore que estava localizada em um determinado lugar; os trabalhadores não conseguiam a remoção: ora o trator enguiçava, o operador tinha dores de barriga, enfim toda a ordem de dificuldades para o corte. Contra a vontade de Neal, foi chamado um feiticeiro local, e esse afirmou que a árvore era sagrada e que um espirito morava nela. Então, iniciou-se a negociação, três carneiros sacrificados, sangue em volta da árvore, cantos, oferendas, gim, oferta de uma nova árvore e, só depois que os espírito concordou, a retirada da árvore foi fácil.

PÓ PRETO NO AUTOMÓVEL

Entretanto, os efeitos do Juju aconteceram mais tarde. Um chantagista que conhecia a arte do Juju ameaçou as testemunhas, se estas depusessem contra ele. O juiz do caso sempre adoecia na véspera da audiência e essa acabava sendo transferida. Após semanas, finalmente o acusado foi condenado e preso, mas o policial conheceria então o efeito do feitiço Juju.

O assento do seu carro apareceu coberto de um pó preto. O motorista, que era um negro africano e conhecia o poder do feitiço, retirou o pó, cuidadosamente, e urinou sobre ele, além de um pequeno ritual com um ovo girando sobre si e depois jogado o mais longe possível. Neal fez todo o processo rindo e descrente. O pó usado no Juju é um elo entre o feiticeiro e sua vítima. Porém, o assento não ficou tão limpo, e uma semana depois, Neal sentiu fortes dores de cabeça; fraco e abatido, ele mal podia ficar em pé. Projetado do corpo físico, viu seu corpo estendido na cama e seu algoz, um gigante negro. Neal foi internado no hospital, sofreu uma bateria de exames, e nada foi encontrado. Suspeitou-se de um vírus africano desconhecido. Voltou para o trabalho ainda debilitado, e um subalterno nativo chamado Adjei avisou: Os sintomas de sua doença são causados pelo JUJU.

O primeiro ataque enfraquece o espírito, preparando a vítima para o próximo, que muitas vezes é fatal. A sorte de Neal é que o seu motorista viu o pó e retirou, pois se algum resquício causou isso, imagine se ele sentasse em todo o pó, ou mesmo tocasse nele. Aconselhado a procurar um xamã, Neal aceitou, e diante de um grande Xamã chamado Tettey que, logo ao vê-lo, disse: Foi borrifado no assento do seu carro o pó negro. Alegou que só sobreviveu porque este tinha uma boa proteção e vontade de viver. Com uma moeda do próprio Neal, retirou do corpo do policial toda a energia ainda existente, isolou a moeda, sem tocá-la, jogou-a fora.

Neal ainda enfrentou outros ataques, como cobras em seu quarto, insetos estranhos, principalmente em sonhos, tinha terríveis pesadelos. Em viagens astrais, na sua semi-lucidez, via que era constantemente perseguido por seres monstruosos, sentia dores no plexo solar. Neal foi piorando, piorando e o Xamã Tettey teve que recorrer a outros pajés para auxiliar contra o ataque de feiticeiros poderosos que Neal estava sofrendo. Na medida do tempo, o policial foi melhorando com o uso de remédios feitos pelos xamãs. As cobras venenosas já não penetravam em seu quarto, mas os ataques voltaram, as dores, e Neal sofreu longamente durante meses. Enfim, os Xamãs criaram um amuleto de proteção para Neal usar, e sua vida melhorou muito. Mesmo assim, Neal, por não acreditar em feitiços, voltou a piorar, quando se deu conta que não estava usando o amuleto. Após concluir seu trabalho, os Xamãs aconselharam Neal a deixar a África, porque a sua morte era uma questão de honra para os feiticeiros, e se ele continuasse ali, uma hora seria morto, pois o amuleto já não estava mais segurando os ataques. Neal então voltou para a Inglaterra, e chegou à seguinte conclusão: "Os africanos, em algumas coisas, estão bem mais adiantados que os ocidentais, principalmente em manipular energias que os ocidentais nem sonham que existem".


TALISMÃ - OBJETOS EM GERAL


Baseado no texto de Luiz Pellegrini

Os talismãs, amuletos e fetiches são objetivos destinados a atrair a sorte ou afastar o azar. Poucas são as pessoas que, alguma vez na vida, não recorreram a um expediente desse tipo. Algumas colocam mascotes em seus carros, usam braceletes, anéis, correntes, colares, papéis com palavras escritas na bolsa ou carteira (os colares guias da umbanda e candomblé, os braceletes católicos), chaveiros com patas de coelho, folha de trevo de quatro folhas em livros, etc.

Costuma-se fazer uma distinção entre amuleto e Talismã. O amuleto é genérico e contra o mal em geral, já o Talismã é especifico para uma determinada proteção, um instrumento de precisão. De qualquer forma, em todas as partes do mundo acredita-se, de alguma forma, nas virtudes benéficas desses fetiches.

De todas as civilizações da Antiguidade, o Egito foi, talvez, o lugar onde maior atenção foi dada aos talismãs e amuletos. Dois de seus principais símbolos talismânicos - O escaravelho e a cruz ansata - são, ainda hoje, usados no ocidente. O escaravelho representa o Sol, fonte da vida, e a cruz de ansata representa a própria vida.

Os primeiros talismãs foram representações de animais incômodos ou perigosos: o rato, o lobo, serpente, etc. Tratava-se aí da aplicação da mais antiga de todas as formas de magia, a "magia imitativa", que atua segundo os princípios das semelhanças e das analogias.

Uma lenda de São Tomás de Aquino que, incomodado pelo ruído dos cavalos que passavam sob sua janela para ir à fonte, elaborou uma imagem mágica de um cavalo e a enterrou no meio da rua; desde então, os condutores se viram obrigados a levar seus animais por outro caminho porque nenhum cavalo aceitava passar por ali.

As teorias ocultistas geralmente explicam a ação dos amuletos e talismãs a partir de conceitos da energética sutil. O fabricante concentra em seu fetiche seus pensamentos e sua vontade sobre o objeto, transformando-o num centro de influência psíquica capaz de atrair vibrações positivas (talismãs) ou de criar uma barreira também psíquica eficaz contra maus influxos.

Os magos, aos quais atribui-se um conhecimento profundo das ciências ocultas e sua energética, podem converter uma jóia, uma pedra preciosa ou outro objeto qualquer num verdadeiro Talismã ou amuleto; podem saturá-lo de eflúvios magnéticos e transmitir-lhes influências benéficas ou maléficas, segundo o desejo do operador. Leadbeater, teósofo, afirma que: "Cada pessoa tem a sua própria classe de vibração mental e astral, e qualquer objeto que tenha estado longo tempo em contato com ela está saturado dessas vibrações e pode, por sua vez, irradiá-las ou comunicá-las a outras pessoas...".


A MAGIA DAS PEDRAS PRECIOSAS - REINO MINERAL:

As pedras, criação natural, sempre constituíram material sagrado. Desde meteoritos, pontas de lança, flechas, ou machadinhas, feitas nas civilizações primitivas, pedras preciosas ou semi-preciosas, elas sempre foram veneradas por sua propriedades misteriosas, tornando-se material favorito para confecção de Talismãs ou amuletos.

Ágata: De acordo com o desenho gravado nas nervuras dessa pedra, ela protege o proprietário. Uma árvore dá ao agricultor boa colheita, um animal protege o dono contra o ataque dos mesmos. Queimada, a ágata acalma as tempestades, contra diversas doenças do estomago. A ágata tem o poder absorvente; pode curar a hidropisia.

Ametista: Protege contra a embriaguez; contra a gota; junto com uma pena de pavão protege contra o mau olhado; também protege contra pesadelos, provocando sonhos agradáveis.

Âmbar: Tem propriedades secadoras e absorventes. Contra bócio, contra incêndio, inundação. O âmbar pode curar a difteria, asma e a tosse. Queimada, com seu odor, ajuda nos partos difíceis. Colocado no nariz, estanca hemorragias nasais. Em pó evita abortos, furúnculos. Recortada em forma de animais (leão, cães, peixe, etc) favorece a virilidade e a fecundidade.

Coral: Cura os transtornos da pele, fortifica o coração (segundo Avicena). Cura as Hemorragias (segundo árabes), contra desinterias (segundo Paulo de Egina), bom para doença dos olhos.

Cornalina: Acalma a cólera de quem possui; aumenta o vigor nas batalhas. Alegra os espírito, evita pesadelo, afasta o medo, preserva contra os malefícios, afasta feitiços.


Diamante: Engastado num anel de prata protege contra inimigos, insônia e obsessores (fantasmas), predispõe à vitória, afasta o temor, protege contra venenos, feitiços, bruxas, protege a castidade (tradição russa).

Esmeralda: Permite adivinhar o futuro. Segundo os gnósticos, uma esmeralda consagrada é capaz de libertar um prisioneiro. Favorece artes adivinhatórias, permite recuperar objetos perdidos. Contra epilepsia, anemia e outras debilidades orgânicas. Boa para memória. Um dos talismãs mais recomendados.

Jade: Contra as dores dos rins.

Opala: Tem a virtude de todas as pedras, por possuir todas as cores das demais; opala negro é uma pedra da sorte.

Pérola: Reforça o coração (tradição grega). Em pó e bebida é antídoto contra venenos.

Rubi: Excelente para o cérebro, coração, memória. Aumenta o vigor físico, favorece a circulação sanguínea. Contra pestes.

Sal: Embora não sendo uma pedra, o sal é considerado sagrado. Protege contra maus fluídos, contra demônios, mau olhado, é usado em cerimoniais, como batismo, rituais mágicos.


PLANTAS E PERFUMES - TALISMÃS NATURAIS DO REINO VEGETAL


Cascas, folhas, flores, frutas, sementes sempre tiveram importância primordial nas ciências talismânicas, principalmente nas sociedades xamânicas primitivas. Vamos a uma breve demonstração do poder mágico dessas plantas descrito abaixo:

Amaranto (flor de): Num saquinho, atrai proteção contra os poderosos.

Angélica (flor de): Num saquinho, protege contra mau-olhado, pragas, conjurações e feitiços.

Artemísia (flor de): Num saquinho, protege contra más influências e encantamentos.

Arruda (folha de): Num saquinho, protege com maus fluidos, mau olhado, energia negativa. A guiné tem a mesma função da arruda.

Crisântemo (flor de): Num saquinho, protege contra malefícios.

Espada de São-Jorge: Num vaso, na porta da casa, protege contra energias negativas, mau olhado, tem a capacidade de absorver maus fluídos. 

Comigo-Ninguém-Pode: Também tem a função similar.

Nenúfar (Flor de): Num saquinho, conserva e aumenta a potência sexual.

Peônia (flor de): Num saquinho, preserva contra malefícios.

Rosa Vermelha (flor de): Favorece a concepção, o amor.

Tabaco (folha de): Num saquinho, favorece a boa memória, favorece a concentração intelectual.

Trevo é uma planta herbácea, cujas folhas são dotadas de três folíolos (folhas), e que crescem espontaneamente nas terras das regiões temperadas. Raramente é encontrado um trevo de 4 folhas e, quando isto acontece, é interpretado como sinal de boa sorte. Por incrível que possa parecer, possuir um Trevo de 4 folhas traz sorte, possibilitando-se alcançar a realização de suas aspirações e desejos. Entretanto, para que o trevo de 4 Folhas dê sorte  deve ser recebido de alguém e repassado para mais três pessoas.

POR QUE ENVIAR 3 TREVOS PARA TRÊS PESSOAS?

Porque 3 é a Trindade. É o resultado da procriação do homem e da mulher, que é o filho, formando o trio. 3 é o primeiro número perfeito e tem significação espiritual, sendo representado por um triângulo. O número 3, bem como seus múltiplos e submúltiplos, é um número mágico e aparece, com frequência, na Bíblia associado ao nome de JESUS.

Urtiga (folha de): Num saquinho, secas, revigora as forças.


ANIMAIS - REINO ANIMAL

Sapos, elefantes, pata de coelho, gatos, dente de elefante, pó do corno de rinoceronte, patas de aranha, pena de pássaros, canto de pássaros, conchas, olho de boto, chifres, caveiras de animais como vaca, bode e outros animais, sangue, fazem parte da magia ritual, amuletos e talismã, desde os tempos primordiais da humanidade.


PLANETAS

Baseado no horóscopo, criaram-se amuletos, talismãs, como cores da sorte, perfumes, pedras e metais. Eliphas Levi, em seu livro Dogma e Ritual da Alta Magia, escreveu: "Os talismãs são feitos com os sete metais cabalísticos, sobre os quais grava-se, nos dias e horas favoráveis, os signos determinados. As figuras dos sete planetas são acompanhadas por seus respectivos quadrados mágicos, numerológicos."

A influência dos astros sobre as pessoas leva os estudiosos a criar meios de controlar o fenômeno. A fixação de forças astrais em metais, pedras e imagens ou qualquer objeto similar. Porém, o que deve ser observado é que cada planeta possui seu metal, e o talismã deve ser feito quando esse planeta estiver em posição dominante em relação a terra, num signo adequado do zodíaco:

Ouro para o Sol; Prata para a Lua; cobre para Vênus; estanho para Júpiter; mercúrio para Mercúrio; ferro para Marte e chumbo para Saturno.


PODER DAS PALAVRAS

Além de todos os amuletos e talismãs, as ciências mágicas, como a Cabala e a Alquimia, também revelam que o poder mágico pode ser trabalhado em letras, figuras, sinais, palavras, frases, conjurações, versos, daí a famosa palavra: ABRACADABRA.

As letras são símbolos, formam palavras, essas formam frases, frases formam mantras, orações, e essas, quando estruturadas de forma adequada, geram ação. Segundo alguns místicos, as palavras governam o mundo, podem derrubar reis, arruinar impérios.


A MAGIA DAS VELAS

Baseado no texto de Vivian do Amaral Nunes

Quase que desaparecidas no mundo de hoje, as velas constituem o instrumento mais simples nos rituais mágicos. Elas concentram a consciência e a vontade do invocador num objeto preciso, funcionando como emissor-receptor das vibrações mentais ali centradas na ocasião de seu acendimento.

"Parabéns a você, nesta data querida ..." Sopre, apague a velinha, mas antes faça um pedido. Com certeza a maioria de nós já passou por isso, principalmente na infância.

Desde épocas remotas, as velas têm sido fonte de luz, representando, dessa forma, a luz do caminho, simbolicamente a luz do conhecimento. 

Como instrumento da magia, dos ritos, dentro das religiões, seitas, doutrinas, as velas se revelam no catolicismo, no judaísmo, na umbanda.

Na umbanda em especial, elas têm cores, e estas estão relacionadas aos orixás:

Branca, azul clara e cor de rosa para Iemanjá; Nanã, azul escuro; Xangô,  marrom no Candomblé (vermelha e branca na Umbanda); Oxossi, na umbanda, é verde; Oxum, no candomblé, é amarelo-ouro, na umbanda é azul; Iansã, na umbanda é coral e amarela; Exú é vermelha e preta, etc ...

Desde o século V, a vela passou a fazer parte dos rituais cristãos com as procissões. Usado para referenciar os mortos, em favor de sua paz e alivio de suas almas.

A vela é usada para fins mágicos, e existem dezenas de rituais que não transcreveremos aqui, porque esse não é o objetivo da página.

Cores, de um modo geral:

Branca: Pureza; espiritualidade, aquisições mais elevadas da vida.

Vermelho: Saúde, energia, força, potência sexual, coragem, ação.

Rosa: Amor, afeto, romantismo, paixão.

Amarela: Intelecto; imaginação, poder mental, criatividade artística, encanto e confiança.

Verde: Abundância; fertilidade, sorte, generosidade.

Azul: Verdade, inspiração, sabedoria, poder oculto, proteção mágica, compreensão, boa saúde, busca pela justiça.

Púrpura: Sucesso nas ações e finanças, capacidade psíquica superior; força, idealismo; dignidade.

Dourada: Atrai influências superiores.

Prateada: Remove forças negativas, abre portas do plano astral.

Dentro da ANGEOLOGIA, os anjos e planetas mais as velas formam a tríade de proteção e temos o seguinte panorama:

Miguel (Arcanjo do Sol); Anael (Arcanjo de Vênus); Gabriel (arcanjo da Lua); Samuel (Arcanjo de Marte); Saquiel (arcanjo de Júpiter); Cassiel (arcanjo de Saturno); Uriel (arcanjo de Urano); Asariel (arcanjo de Netuno) e Azrael (Arcanjo de Plutão).


MAGIA NEGRA:

"O conceito de Magia Negra surgiu na Idade Média, quando a igreja começou a perseguir os feiticeiros, bruxos, acusando-os de fazerem pacto com o demônio e condenando-os à fogueira"- Theresa Saidenberg

A magia negra ou goécia é a forma de magia, um sistema mágico, convencionalmente conhecida como "má", mas a Magia Negra é uma prática de integração com nosso arquétipo Sombra (psicologia), como reconhecido pelo Jung.

O indivíduo que inicia as suas práticas neste campo alega fazer pacto com demônios e espíritos, chegando até a "vender" a sua alma em troca de sucesso, poder e satisfação pessoal.

A invocação demoníaca e o bruxedo são consideradas práticas da magia negra. Já as práticas do Vodu, do feitiço e da necromancia podem ser utilizadas para o bem ou para o mal, podendo ser vistos, no segundo caso, também como peculiaridades da magia negra.

VODOO:

O Vodu veio ser associado na mente popular com os fenômenos como "zombies" e "bonecas do vodu". Enquanto há uma evidência etnobotânica que se relaciona à criação do "zombi", é um fenômeno menor dentro da cultura rural do Haiti e não uma parte da religião de Vodu em si. Tais coisas caem sob os auspícios do "bokor" ou do feiticeiro antes que do sacerdote do Lwa Gine. A prática de furar com agulhas "em bonecas vodu" foi usada como um método de amaldiçoar um indivíduo por alguns seguidores do que veio a ser chamado "Nova Orleans Voodoo", que é um variante local do voodoo.

Esta prática não é original ao "vodu" de Nova Orleans, entretanto, e tem tanta base em dispositivos mágicos Europeu-baseados tais como a "poppet" quanto o nkisi ou o bocio da África ocidental e central.

As bonecas de "vodu" não são uma característica da religião haitiana, embora as bonecas feitas para turistas possam ser encontradas no Iron Market em Port-au-Prince, capital do Haiti. A prática tornou-se associada ao Vodu na mente popular através dos filmes de horror

Fonte: Wikipédia.


MACUMBA:

A primeira definição de Macumba que se encontra em qualquer dicionário é de: antigo instrumento musical de percussão, espécie de reco-reco, de origem africana, que dá um som de rapa (rascante), e Macumbeiro é o tocador desse instrumento.

O conceito da macumba está tão arraigado na cultura popular brasileira, que são comuns expressões como "xô macumba" e "chuta que é macumba" para demonstrar desagrado com a má sorte. As superstições nesse sentido são tão grandes, que até mesmo para a Copa do Mundo foram criados sites para espantar o azar. São também muito comuns amuletos que vão desde adereços até objetos que remetem aos utilizados nos cultos religiosos.

Popularmente, a palavra macumba é utilizada para designar genericamente os cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas, e divindades dos povos africanos trazidos ao Brasil como escravos, tais como os bantos, como o candomblé e a umbanda.

Entretanto, ainda que macumba seja confundida com o candomblé e a umbanda, os praticantes e seguidores dessas religiões recusam o uso da palavra para designá-las.

Outras acepções para o termo macumba são:

Macumba, na acepção popular do vocábulo:

Está ligada a TRABALHOS, DESPACHOS, ebó, coisa-feita, mironga, mandinga, muamba, trabalhos diretos com KIUMBAS (espíritos desequilibrados).

Despachos: Sacrifícios de Animais, bebidas, comidas, trato com entidades de baixa vibração, portanto perigosos tratos em troca de favores, sempre visando o mal de alguém. Trazem aos operadores um retorno futuro nada agradável.


MAGOS NEGROS:

MAGIA É UMA SÓ - Autor do texto: Beraldo Lopes Figueiredo

Não existe magia negra ou magia branca, separadamente. Existe magia (Forças da Natureza). Essas forças, quando conhecidas e manipuladas, dão aos seres chamados MAGOS, PODERES SOBRENATURAIS. Lógico que no caso dos MAGOS NEGROS, existe o desvirtuamento desses poderes sobrenaturais que são voltados para fazer o mal para outros seres humanos, mas é simplesmente o uso das energias da natureza, tanto a nível etérico, como a nível astral.

O mago negro é um fato, é o ser com conhecimentos magísticos que manipula esses poderes para uso de seus instintos, e de suas desvirtudes pessoais.

A forma conceitual leva a taxações inadequadas, ao raciocínio simples de que o AMOR e o ÓDIO são a mesma energia com vibrações alteradas, e que esta alteração está no indivíduo, não na força geradora universal. ONDE ESTÁ O ÓDIO na natureza, eliminando do cenário os SERES VIVOS racionais? Uma praia deserta paradisíaca, será eternamente uma praia tranquila, sem alterações vibracionais; mesmo após o vendaval, ela continuará uma praia tranquila, porém, só quem pode alterar essa ordem determinística é o ser humano se dela fizer um local de sacrifícios, visando o mal de semelhantes.

Pois mesmo no umbral, nas zonas onde o ódio e energias violentas povoam o ar fétido, carregado dos mais baixos sentimentos, essas energias são originadas dos SERES que ali povoam. A natureza apenas colabora, com uma energia neutra, com a matéria prima de toda essa construção.

Dentro desse último parágrafo, chegamos na questão das parcerias sobrenaturais dos magos, que são espíritos do astral inferior. Forma-se, então, o conjunto que gera ENERGIAS AFINS SINTONIZADAS PARA O MAL e que chamam de MAGIA NEGRA.

O mago negro é um invocador da alta magia, cria e domina em sua volta todos os seres que subjugarem as suas energias. Criam servos elementais, escravos artificiais, poderosos seres que obedecem cegamente o seu criador. Os magos negros desejam eternizar o seu ego, renegam o processo de reencarnação para eternizarem a sua individualidade una.


QUEM É O MAGO NEGRO?

Texto de Robson Pinheiro - do livro Legião

Os magos negros são espíritos especializados em manipulação de fluídos da natureza e exímios conhecedores das leis que os regulam. Receberam iniciação espiritual nos diversos templos da Antiguidade e de civilizações ainda mais remotas, e, como iniciados, forjaram seu conhecimento e sua disciplina mental em anos e anos de adestramento das faculdades da alma, sob tutela de seus superiores hierárquicos. Toda iniciação foi realizada para o bem, para o uso dos elementos da vida oculta, com intuito de auxiliar a humanidade.

Em geral, a pessoa era admitida nos colégios iniciáticos desde cedo, a partir dos 7 anos de idade. Num processo lento e gradual, à medida que oferecia condições e a maturidade despertava, o aprendiz recebia ensinamentos compatíveis com seu momento evolutivo e sua capacidade. Até que, ao completar 42 ou 49 anos, faixa etária observada na maioria das ordens iniciáticas, era recebido como mago maior ou alçado à categoria de grão-mestre daquele templo de sábios. A partir de então, o mago branco estava apto a conduzir outros aprendizes, formando novos colégios iniciáticos.

O período longo de aprendizado era favorável ao desenvolvimento da disciplina mental e do poder de manipular certos fluidos, segundo as leis do mundo oculto.

Contudo, nem todos se sujeitavam ao processo sem interesses particulares e, por vezes, escusos. Algumas pessoas, desenvolvendo a sede pelo poder e domínio mental sobre os demais membros de suas ordens, acabaram desvirtuando-se e desviando-se dos sagrados objetivos para os quais lhes foram concedidos os poderes iniciáticos, conforme se dizia na época.


MAGOS BRANCOS

Reafirmando o texto acima de que: "muito se fala em "magia branca" ou "magia negra", devemos começar avisando que estas são denominações utilizadas por aqueles que são totalmente leigos no assunto. A Magia é uma só, não tendo cor alguma, não sendo "boa" ou "má". O que importa é o uso que se faz dela.

Por exemplo: uma faca pode ser utilizada para cortar um pão para servir de alimento, assim como pode ser utilizada para ferir alguém. Em ambos os casos, a culpa foi da faca? Não, ela serviu apenas como instrumento para que determinada ação fosse realizada." (Texto do site Dica das Bruxas)

Os magos brancos são os virtuosos que desenvolvem seu potencial para o bem do próximo e de sua evolução pessoal, rumo ao autoconhecimento.

O uso da Alta Magia e invocação de forças da natureza, o domínio sobre energias do universo, a parceria com espíritos superiores, formam o grupo chamado MAGIA BRANCA.

Os magos, de um modo geral, estão ligados a uma escola oculta, um principio iniciático. Desta forma, evoluem, gradativamente, dentro de graus, até galgarem elevadas posições. Um mago, no sentido prático, domina e controla a magia. Essa magia está em sua volta, dentro de seu interior, do macro e microcosmo.

Um mago é um Magi ou Magnus, quer dizer HOMEM SÁBIO, dono da sabedoria, do conhecimento. Ser um mago branco é caminhar sempre na escala evolutiva, perpendicular da escada de Jacó. Ser um mago negro é dominar apenas na escala horizontal, estagnado, já que não ascende, em seu interior, às virtudes mais nobres e de vibrações elevadas. Um mago branco procura seres superiores, um mago negro busca seres inferiores para exercer seu domínio.


ZUMBIS:

Um zumbi, também grafado como zombi e zombie (em francês, no Haiti) é tradicionalmente um morto-vivo que foi associado, erroneamente, ao Vudu, crença espiritual do Caribe. O conceito do zumbi serve também como referência à servidão ou desgaste físico e doença.

Esta criatura é um ser humano dado como morto que, segundo a crença popular, foi posteriormente desenterrado e reanimado por meios desconhecidos. Devido à ausência de oxigênio na tumba, os mortos vivos seriam reanimados com morte cerebral e permaneceriam em estado catatônico, criando insegurança e medo nos vivos. Como exemplo desses meios, pode-se citar um ritual necromântico, realizado com o intuito maligno de servidão ao seu invocador.

A figura dos zumbis ganhou destaque num gênero de filme de terror no qual essas criaturas manifestam apetite pela carne humana (canibalismo). Nesse caso, o termo morto-vivo (do inglês living-dead) é muito usado.

O pó dos zumbis haitianos:

Davis viajou para o Haiti a pedido do Dr. Nathan S. Kline, que criou a teoria de que uma droga tinha sido a responsável pelas experiências de Narcisse como zumbi (Clairvius Narcisse foi um haitiano de quem se diz ter se tornado um zumbi vivo com o uso de uma combinação de drogas - [Wikipedia]. Uma vez que tal droga poderia ser usada medicinalmente, particularmente no campo da anestesiologia, Kline esperava reunir amostras, analisá-las e determinar como elas funcionavam.

Davis observou que os haitianos que acreditavam em zumbis também acreditavam que eles eram criados pela feitiçaria de um sacerdote (e não por um veneno ou uma droga). Segundo a sabedoria local, o sacerdote pega o ti bon ange da vítima, ou seja, a sua alma, para criar o zumbi, mas durante sua pesquisa, Davis descobriu que o sacerdote usava pós elaborados, feitos de plantas secas e animais em seus rituais.

Davis reuniu oito amostras desse pó de zumbi em quatro regiões do Haiti. Seus ingredientes não eram idênticos, mas sete das oito amostras tinham quatro ingredientes em comum:

• uma ou mais espécies de baiacu, que normalmente contém uma neurotoxina mortal chamada tetrodotoxina;
• uma espécie de sapo boi (Bufo marinus) haitiano, que produz inúmeras substâncias tóxicas;
• um sapo de hyla (Osteopilus dominicensis), que produz uma substância irritante, porém não mortal;
• restos humanos.

Além disso, os pós tinham outros ingredientes de plantas e animais, como lagartixas e aranhas, que poderiam irritar a pele. Alguns deles tinham até vidro triturado.

O uso do peixe-bola intrigou Davis. A tetrodotoxina provoca paralisia e morte, e as vítimas de envenenamento por tetrodotoxina normalmente ficam conscientes até poucos instantes antes de morrer. A paralisia os impede de reagir a estímulos, bem parecido com o que Clairvius Narcisse descreveu sobre sua própria morte. Os médicos também documentaram casos nos quais as pessoas ingeriram tetrodotoxina e aparentavam estar mortas, mas se recuperaram completamente.

De acordo com a teoria de Davis, o pó, aplicado topicamente, irritava e rachava a pele da vítima. A tetrodotoxina poderia, então, passar para a corrente sanguínea, paralisando a vítima e causando sua morte aparente. A família enterraria a vítima e o sacerdote retiraria o corpo do túmulo. Se tudo corresse bem, acabaria o efeito do veneno e a vítima acreditaria ser um zumbi.

Embora a teoria de Davis tenha potencial, ela apresenta algumas falhas. A seguir, veremos as controvérsias em torno da pesquisa de Davis.


A CURA:

O sal e os zumbis: Segundo o folclore haitiano, um zumbi se cura ao ingerir sal. O que costuma acontecer então é que ele ataca o sacerdote que o criou ou volta para o local onde foi enterrado e morre. Ironicamente, a tetrodotoxina funciona bloqueando os canais de sódio nos músculos e células nervosas. Não se conhece a cura para o envenenamento por tetrodotoxina e é improvável que a quantidade de sódio em um punhado de sal tenha qualquer efeito fisiológico sobre uma pessoa envenenada.

Fonte: Pó dos Zumbis - http://pessoas.hsw.uol.com.br/








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